Encostado nas palhetas douradas de um sol
Vendo planetas vermelhos no mesmo arrebol
Viajei no tempo, procurei no tempo, rebusquei no tempo, só no contratempo quero liquidar
Com a criatura, com a viatura, com a cara dura, com essa amargura quero improvisar
As mais lindas canções para poder
No seu lenço encarnado enxugar
O meu calhambeque e meus olhos
O meu calhambeque e meu olhos
O meu calhambeque
Claros elmos pequeninos derramam no chão
Luzes de tons indecisos nos olhos de um cão
Vão apunhalando, eletrocutando, milimimetrando, só assoletrando vou pronunciar
Piero, pensaria, piração, paria
Pega, pinga, pia, paga pra cotia
Não atravessar
Os caminhos carimbados e encardidos
Pelo mesmo calcanhar
E um rio minando nos olhos
E um rio minando nos olhos
E um rio minando
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